corte

Numa corte há cinco moças e quatro rapazes. Não se sabe a matemática do corpo, não sabe contar os minutos de espera, eram as mesmas pessoas de sempre, não podia entrar, não podia bailar. O salão, rodeado de guardas e cães servia para acorrentar pela eternidade o desejo de antes. Antes já era longe, já não era. Esquecido na beira do açude, no balcão de um bar, aquele relógio, já fora roubado, dez vezes quem sabe. Num é miado, é piado, é grito fraco, mas vamos ver, vamos sentir ainda. A vibração.

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