novelo

Cruás, cracas destiladas em veneno desconhecido. Eretas, tesas e presas em si. Os dentes se arranham e se afiam, com tudo. As vitimas se foram, agora são outras, transmutaram-se na volta do tempo.

Fios desfeitos da antiga vida oferecem-se ao tear. Quem souber, refaça o novelo frágil, quebradiço, emendado com pequenos nós. Firmes se esticam e retesam, guardando entre si apenas história de amores desfeitos.

Dois de novembro de dois mil e doze.

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